terça-feira, 22 de abril de 2014

TREINAMENTO RESISTIDO EM IDOSOS

O exercício resistido é caracterizado pela realização de contrações musculares contra alguma forma de resistência, em geral pesos (academia ou outros), mas também pode ser usado molas ou elásticos (como no Pilates), ou até mesmo a ajuda de outra pessoa para resistir seu movimento.

Por que o Treinamento Resistido é um dos exercícios mais efetivos na terceira idade?

Sarcopenia, significa à perda de massa muscular associada ao envelhecimento. A prevalência de sarcopenia é de aproximadamente 12% para adultos de 60 a 70 anos de idade, aumentando para 30% por volta dos 80 anos de idade. Muito né? Isso ocorre devido a diversas alterações hormonais, musculares, no sistema nervoso e estilo de vida também, como a inatividade.





O treinamento de força tem sido realizado para promoção de saúde e proporcionar uma vida mais independente em idosos. Ele tem sido muito recomendado para diminuir o risco de quedas e fraturas nessa população.


O que o treinamento resistido vai melhorar na vida das pessoas?

Melhora logicamente, a força muscular, bem como a resistência, a flexibilidade, a densidade óssea, e o equilíbrio (altamente correlacionado com o risco de queda), diminui a chance de fraturas osteoporóticas, e proporciona uma vida mais independente para os idosos.

Um estudo cientifico comprovou que o exercicio resisitido pode trazer ganhos de 5-10% na área de seção transversal muscular acompanhada por aumento de 20% a 100% na força muscular, dependendo do grupo de músculos.

O treinamento de forca tem sido tão eficaz, que agora o American College of Sports Medicine recomendam que os adultos incluam esses exercícios como parte de um programa de condicionamento físico.



Outra coisa interessante, é que o exercício físico promove aumento da sensibilidade à insulina e esse benefício pode ser observado tanto com o exercício aeróbio como com o exercício resistido. Sendo que muitas vezes pensamos que só o exercício aeróbico que melhorar a vida dos diabéticos. Mas não! Muitas vezes não melhora a sensibilidade a insulina e dependendo pode até piorar, como por exemplo, a corrida de maratona ou os exercícios excêntricos extenuantes, como correr numa ladeira. Uma provável explicação para esse fato é a utilização aumentada e contínua de ácidos graxos como combustível muscular, diminuindo então a sensibilidade a insulina.

Por isso devemos sempre procurar os profissionais orientados a realizar esse treinamento, pois por ter carga, esses exercícios podem causar lesões!




Ta aí mais referencias para quem quer aprofundar no assunto...





T. S. Marzilli et al. Effects of a community-based strength and flexibility program on performance-based measures of physical fitness in older African-American adults. Californian Journal of Health Promotion 2004, Volume 2, Issue 3, 92-98

BARBOSA, Aline Rodrigues, et al. Effects of resistance training on the sit-and-reach test in elderly women. The Journal of Strength & Conditioning Research, 2002, 16.1: 14-18.


CUNHA, Carlos Eduardo Watanabe, et al. Os exercícios resistidos ea osteoporose em idosos. Rev Bras Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2007, 1.1: 18-28.
http://files.adrianobelem.webnode.com.br/200000181-af5e3b0586/os-exercicios-resistidos-e-a-osteoporose-em-idosos.pdf


FLECK, Steven J. Designing resistance training programs. Human Kinetics 1, 2004.


JOVINE, Marcia Salazar, et al. Efeito do treinamento resistido sobre a osteoporose após a menopausa: estudo de atualização; Effect of resistance training on postmenopausal osteoporosis: update. Rev. bras. epidemiol, 2006, 9.4: 493-505.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000400010&lng=pt

KRAEMER, William J., et al. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine and science in sports and exercise, 2002, 34.2: 364-380.

SANTARÉM, José Maria. Promoção da saúde do idoso: a importância da atividade física. 2003.http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/10/tapoioidosos-e-af7.pdf

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